Reforma Tributária: Simulações Práticas e Impactos na Transição

Resumo: A reforma tributária, em transição até 2033, substituirá tributos atuais por CBS, IBS e IS. O novo modelo simplifica o sistema, mas exige ajustes em preços, processos e margens — especialmente para empreendedores e e-commerces. Preparação estratégica será essencial.

Reforma Tributária: Simulações Práticas e Impactos na Transição

Ilustração de e-commerce com ícones de moeda, gráfico e documento de reforma tributária.

A transição para o novo modelo tributário brasileiro está oficialmente em andamento. De 2026 a 2033, o país passará por uma profunda transformação fiscal, substituindo os tributos atuais por um sistema dual, mais simplificado e com maior transparência. Essa transição, no entanto, não será imediata – e compreender seus impactos ano a ano é essencial para qualquer empresa que deseje preservar sua lucratividade e competitividade.

Neste artigo, apresento uma simulação detalhada do que muda ao longo dos próximos anos, com foco em alíquotas, proporções, bases de cálculo e comparativos entre o modelo atual (“AS IS”) e o novo modelo (“TO BE”).

Parte 1: Alíquotas Durante a Transição

A primeira etapa envolve a substituição gradual dos tributos atuais (ICMS, ISS, IPI, PIS/COFINS) pelos novos CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). A alíquota do Imposto Seletivo (IS) também entra em cena.

Veja como será o comportamento dessas alíquotas ao longo dos anos:

  • ICMS, por exemplo, cai de 12% em 2026 até zerar em 2033;
  • PIS/COFINS são extintos a partir de 2029;
  • CBS inicia com 0,9% em 2026 e chega a 9,23%;
  • IBS sobe de 0,1% em 2026 até atingir 18,74% em 2033.

Parte 2: Proporção dos Tributos na Transição

A transição também se dá por meio da redução proporcional da incidência dos tributos atuais e aumento progressivo da nova estrutura.

  • Tributos como ICMS, ISS e PIS/COFINS começam com 100% de incidência em 2026 e caem gradativamente;
  • Já os novos tributos CBS e IBS iniciam com peso simbólico (0,1%) e crescem até representarem 100% da carga tributária.

Essa sobreposição gradual permite que empresas se adaptem progressivamente ao novo sistema.

Parte 3: Exemplo com Valor de Item

Utilizando um valor de item de R$ 100 milhões, é possível observar como os tributos impactam esse montante ao longo dos anos:

  • IPI mantém o mesmo valor até ser extinto;
  • CBS e IBS vão aumentando gradativamente sua incidência sobre esse valor;
  • O valor bruto do item permanece constante, mas a composição tributária muda ano a ano.

Parte 4: Cálculo da Situação Atual (AS IS)

Com base em valores típicos da realidade empresarial, temos:

  • Base de cálculo do ICMS e IPI: R$ 105 milhões;
  • Base do PIS/COFINS: R$ 87,4 milhões;
  • Tributos apurados:
    • ICMS: R$ 12,6 milhões
    • IPI: R$ 7,35 milhões
    • PIS/COFINS: R$ 8,08 milhões

Esses números ilustram a complexidade e o peso do sistema atual.

Parte 5: Novo Modelo (TO BE) em Simulação

Ao simular a nova estrutura tributária (TO BE), considerando a base líquida e os ajustes de IVA, temos:

  • Nova base de cálculo para cada imposto adaptada conforme os anos;
  • ICMS reduzido progressivamente até zerar;
  • CBS e IBS ganhando força no cálculo dos tributos;
  • Resultado líquido após tributos estabilizado em R$ 84.315.500 ao fim da transição.

Esse cenário evidencia a importância de simular o impacto tributário ano a ano com base nas particularidades de cada empresa.

Impactos no Empreendedorismo e no Comércio Eletrônico

A reforma tributária também trará reflexos profundos no empreendedorismo digital e no comércio eletrônico. Com a unificação de tributos e maior transparência nas alíquotas, a tendência é de redução da complexidade fiscal, o que pode estimular novos empreendedores a formalizarem seus negócios e expandirem suas operações para todo o Brasil. No entanto, durante o período de transição, quem atua no e-commerce precisará ficar atento às mudanças nas bases de cálculo e ao risco de desequilíbrio nas margens de lucro, especialmente em marketplaces e operações interestaduais. Automatizar o compliance fiscal e revisar constantemente a estratégia de precificação será essencial para se manter competitivo nesse novo cenário.

BÔNUS: Como o Agora Deu Lucro Pode Apoiar sua Empresa

No Agora Deu Lucro, entendemos que a transição tributária não é apenas uma mudança legal — é uma virada estratégica. Nosso time está preparado para:

  • Simular o impacto da reforma no seu negócio, por produto, serviço e cliente;
  • Revisar sua precificação para preservar ou ampliar margens;
  • Planejar a adaptação dos seus sistemas e processos fiscais;
  • Proteger sua lucratividade ao longo de toda a transição.

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Foto de Sobre o autor: Sergio Figueiredo

Sobre o autor: Sergio Figueiredo

formado em Ciências Contábeis com MBA em Controladoria e Gestão Estratégica pela FECAP. Com mais de 25 anos de experiência nas áreas empresarial, tributária e contábil, atuou em empresas como Deloitte, Grupo Remaza, Novartis e Omni Financeira. É especialista em comércio eletrônico, com forte atuação em planejamento estratégico, engenharia tributária e direito societário. Atualmente, é CEO da Agora Deu Lucro, um ecossistema completo de soluções e tecnologia para empresas que atuam ou desejam atuar no e-commerce.

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