Taxas de importação: veja por que brasileiros estão desistindo das compras internacionais

Resumo: Com o aumento das taxas de importação, 40% dos brasileiros desistem das compras internacionais. Veja como isso afeta consumidores, empreendedores e como evitar surpresas ao importar.

Taxas de importação: veja por que brasileiros estão desistindo das compras internacionais

Entenda como o aumento das taxas de importação impacta brasileiros nas compras internacionais, afeta negócios locais e veja dicas para evitar surpresas e prejuízos nas importações.

Fazer compras internacionais sempre foi uma alternativa atraente para muitos brasileiros, especialmente diante de produtos exclusivos, preços competitivos e uma variedade maior de opções. No entanto, com as recentes mudanças nas taxas de importação, uma significativa fatia dos consumidores nacionais está repensando essa jornada de compra. Segundo pesquisa veiculada pelo Ecommerce Brasil, quatro em cada dez brasileiros desistem de compras internacionais por conta da cobrança desses impostos. Mas o que está por trás desse fenômeno? Como isso impacta consumidores e empreendedores? E como pessoas físicas e jurídicas podem se adaptar a esse novo cenário? Vamos analisar todos esses aspectos em detalhes neste artigo.

O que é a taxa de importação e como ela funciona?

A taxa de importação é um tributo cobrado pelo governo brasileiro sobre produtos adquiridos fora do país. Tem a finalidade principal de proteger a indústria nacional e regular a entrada de mercadorias estrangeiras. De acordo com a Receita Federal, além do imposto de importação, podem incidir o ICMS, IPI e outros tributos dependendo da mercadoria e do estado do destinatário.

Para compras de pessoa física realizadas em sites internacionais, o imposto mais discutido é o Imposto de Importação, tradicionalmente de 60% sobre o valor do produto e do frete. Essa taxa pode deixar o produto internacional bem mais caro do que aparenta no momento do clique de compra, causando frustração ao consumidor no momento da entrega.

Por que 4 em cada 10 brasileiros estão desistindo de comprar do exterior?

O recente ajuste e a intensificação na cobrança dificultaram o acesso do consumidor final aos benefícios antes encontrados em sites estrangeiros. Dados publicados pelo Ecommerce Brasil indicam que, ao se deparar com os altos valores adicionais, 40% dos consumidores optam por cancelar ou abandonar o carrinho.

  • Dificuldade em compreender o cálculo dos impostos
  • Demora no processo de envio e liberação da mercadoria
  • Supresas desagradáveis ao receber a cobrança extra no ato da entrega
  • Risco de produtos ficarem parados na alfândega

Um fator agravante é a falta de transparência de algumas plataformas internacionais, que nem sempre detalham ao consumidor brasileiro os possíveis custos adicionais. Isso faz com que muitos desistam por insegurança ou para evitar prejuízos.

Impactos para empreendedores e o varejo nacional

Essa mudança tem efeitos positivos e negativos para empreendedores brasileiros. Quem atua no varejo local, por exemplo, pode enxergar uma oportunidade: a diminuição da concorrência internacional torna os produtos nacionais mais competitivos. Dessa maneira, pode haver um aumento na demanda interna, impulsionando a economia e gerando empregos. O próprio Sebrae destaca a importância de entender o cenário de importação e suas normas como diferencial estratégico.

Por outro lado, empreendedores que dependem da importação para revenda ou para manter seus estoques podem sentir a margem de lucro apertar e precisar rever seus modelos de negócio. O reajuste das taxas exige mais planejamento financeiro, pesquisa de fornecedores nacionais e até reestruturação de toda a cadeia logística.

Dicas para consumidores evitarem surpresas nas compras internacionais

Antes de clicar em “comprar”, é fundamental que o consumidor brasileiro faça algumas verificações para não ser pego de surpresa com tributos altos:

  1. Utilize sites que mostram o custo total com impostos embutidos, evitando surpresas.
  2. Consulte a definição de imposto de importação e calcule quanto será cobrado na chegada do produto.
  3. Evite produtos de alto valor, já que a faixa de isenção para compras internacionais é bastante limitada.
  4. Dê preferência a empresas que oferecem entrega expressa e já incluem tributos no valor final.
  5. Planeje as compras levando em consideração possíveis atrasos por retenção de mercadoria na alfândega.

Ao tomar essas precauções, o consumidor pode evitar transtornos e tomar decisões mais conscientes a respeito do custo-benefício de importar um produto específico.

O futuro das compras internacionais: adaptação ou retração?

Diante desse novo cenário, ainda é cedo para definir se os brasileiros irão desistir permanentemente das compras internacionais ou se encontrarão formas de adaptação. Porém, é certo que transparência nas informações, educação financeira e uso de ferramentas adequadas tornam-se indispensáveis para navegar com mais segurança por esse universo.

Do lado dos empresários, fortalecer a cadeia de fornecedores locais e investir em diferenciais competitivos, como atendimento personalizado, rapidez na entrega e políticas claras de troca e devolução, tende a fidelizar uma parte desse público que antes via nas compras internacionais sua única alternativa. Para saber como o comércio eletrônico tem evoluído no Brasil, vale acompanhar os dados e tendências fornecidos pelo IBGE.

Conclusão

O aumento e a fiscalização das taxas de importação mudaram o comportamento de grande parte dos consumidores brasileiros, tornando o processo de compra internacional mais custoso e burocrático. Essa é uma tendência relevante não apenas para quem compra, mas também para quem vende ou atua no segmento de varejo e distribuição. Adaptar-se a esse novo panorama é fundamental para manter-se competitivo e evitar prejuízos, seja inovando no mercado interno ou buscando novos nichos de importação que tragam ainda vantagens ao consumidor final.

O momento pede mais conhecimento, estratégia e atenção redobrada para quem pretende comprar ou vender produtos importados. Por isso, informação de qualidade é a chave para fazer escolhas mais seguras e rentáveis.

Agora Deu Lucro Explica

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Foto de Sobre o autor: Sergio Figueiredo

Sobre o autor: Sergio Figueiredo

formado em Ciências Contábeis com MBA em Controladoria e Gestão Estratégica pela FECAP. Com mais de 25 anos de experiência nas áreas empresarial, tributária e contábil, atuou em empresas como Deloitte, Grupo Remaza, Novartis e Omni Financeira. É especialista em comércio eletrônico, com forte atuação em planejamento estratégico, engenharia tributária e direito societário. Atualmente, é CEO da Agora Deu Lucro, um ecossistema completo de soluções e tecnologia para empresas que atuam ou desejam atuar no e-commerce.

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